Simpósio de Impermeabilização
A Soprema, grande parceira da LF Ambiental - Impermeabilização, foi destaque no 13º Simpósio Brasileiro de Impermeabilização com a apresentação do artigo “Diferentes níveis de impermeabilização subterrânea”, ministrado pelo diretor da Soprema no Brasil, Igor M. Zotti.
Ele abordou o sistema de camada única que é composto por uma camada protetora de geotecido e de uma membrana de impermeabilização em PVC (Policloreto de Vinila) ou de TPO (Termoplástico de Poliolefina). Este sistema é projetado para ser barato e simples na instalação, não incorpora a proteção da membrana instalada e não pode efetuar a injeção de resinas ou rejuntes para futuras reparações. O sistema não é dividido em seções e oferece apenas proteção passiva básica.
Zotti explica que o sistema de camada única com compartimentação incorpora os requisitos básicos do geotêxtil e da membrana de impermeabilização e também inclui vedantes de borracha nas juntas de construção. “Para limitar o fluxo de água em caso de vazamento, a membrana de impermeabilização é dividida em seções. Vedantes de borracha são soldados na membrana para compartimentar o sistema na juntas de construção. Desta forma é possível evitar que a água migre de um compartimento para o outro. Os vedantes de borracha também podem ser colocados em locais adicionais para reduzir o tamanho dos compartimentos. A membrana pode ser protegida pela instalação de uma membrana de proteção adicional ou com um segundo geotecido”, detalha. Já o sistema ativo de impermeabilização é a evolução do sistema compartimentado. Para selar os compartimentos são utilizadas mangueiras de injeção instaladas nos vedantes de borracha. Os tubos são usados na primeira dase para injetar cimento para preencher vazios e na segunda fase para injetar uma resina caso ocorra vazamento no compartimento, as mangueiras podem ser reutilizadas se houver problemas subsequentes. "as vantagens de sistema é a possibilidade do contratante controlar a tensão da água na impermeabilização instalada, bem como efetuar com rapidez e facilidade as recuperações sem a necessidade de escavações complexas”, comenta Zotti.
A evolução dos precedentes é utilizada para selar o compartimento injeção resina através de válvulas soldadas na membrana, estas válvulas possuem aberturas que permitem a resina fluir no compartimento e posteriormente selá-lo. Cada compartimento deve ser inferior a 100 m2 e são necessárias no mínimo quatro valvulas para injeção. Segundo o Engenheiro Igor M. Zotti, o sistema “vacuo” (camada dupla) é o mais completo entre os apresentados. ‘Ele é constituido por duas camadas de membrana impermeabilizante e toda sua superfície é dividida em compartimentos. Cada compartimento é selado para formar um bolso de aproximadamente 100 m2. A membrana superior possui pequenas ondulações na superfície, de modo que uma vez que o compartimento é formado há um espaço de ar entre as camadas. Quando o sistema é selado, cada compartimento terá 3 ou 4 válvulas de inejeção que serão utilizadas para criar o vácuo. Sendo possível testar o sistema de tensão da água do bolso durante a construção’, salienta.
O teste é efetuado sugando o ar com uma bomba de sucção para alcançar uma pressão negativa predefinida para um período de tempo específico. Se houver defeitos o sistema pode ser rapidamente e facilmente preparado antes da instalação da proteção e do revestimento final de concreto. No teste do sistema os tubos de injeção podem ser deixados no lugar para a utilização em outras provas.
Zotti explica que as técnicas que abordou são geralmente usadas na Itália, em obras importantes ou complexas como Estações e Túneis Metropolitanos. “As técnicas não são utilizadas com frequencia no Brasil, mesmo sendo amplamente conhecidas. Um evento como esse é fundamental para sensibilizar e informar aos profissionais da Engenharia Civil que a impermeabilização representa 1% dos custos de uma obra, porém 99% das causas de falhas quando não executadas ou executadas incorretamente “, conclui.