Codesp trabalha em análises dos impactos ambientais relacionados a dragagem no porto
Apesar de necessária – já que permite que navios trafeguem sem riscos, garantindo a profundidade do canal – a dragagem causa inúmeros impactos ao meio ambiente. Entre eles erosão, escorregamento, assoreamento, adensamento e inundações. O Porto de Santos – que vive uma novela quando o assunto é dragagem – que teve nesse mês uma liminar indeferindo a suspensão da dragagem no porto, vem trabalhando em análises dos impactos ambientais potenciais relacionados ao empreendimento. De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), que foi autor da ação, a realização de dragagem no local vem provocando uma erosão na região da Ponta da Praia, em Santos.
Segundo Angelino Caputo, presidente da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), o complexo atendeu as orientações do órgão ambiental licenciador, “apoiando a indicação das medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias necessárias para assegurar que as atividades implementadas se dessem em termos ambientalmente adequados, garantindo a viabilidade ambiental das intervenções e, posteriormente, da operação do Porto de Santos dentro do novo cenário”.
O Canal de Navegação do porto foi aprofundado para 15 metros, permitindo um calado operacional de 13,2 metros, que vem sendo mantido pela Codesp. “Os investimentos em dragagem são permanentes e vêm mantendo as condições ideais de atracação, através de contratos de dragagem de manutenção para o canal de navegação, berços e acessos a berços”, disse Caputo.
Entre eles o presidente da Codep destaca a construção da avenida à beira-mar sobre a própria praia; a destruição de fontes sedimentares; a construção de diversas estruturas de lazer, pesca e apoio náutico e até recentemente a implantação de estruturas de “proteção” costeira; mudanças na rede de drenagem; entre outros.
Fonte: Guia Marítimo